Bem, hoje que estou só e posso ver
Com o poder de ver do coração
Quanto não sou, quanto não posso ser,
Quanto se o for, serei em vão,
Hoje, vou confessar, quero sentir-me
Definitivamente ser ninguém,
E de mim mesmo, altivo, demitir-me
Por não ter procedido bem.
Falhei a tudo, mas sem galhardias,
Nada fui, nada ousei e nada fiz,
Nem colhi nas urtigas dos meus dias
A flor de parecer feliz.
Mas fica sempre, porque o pobre é rico
Em qualquer coisa, se procurar bem,
A grande indiferença com que fico.
Escrevo-o para o lembrar bem.
Em qualquer coisa, se procurar bem,
A grande indiferença com que fico.
Escrevo-o para o lembrar bem.
Fernando Pessoa, sabia lidar com as palavras, em poucas linhas expressava qualquer sentimento ou lição da vida.
ResponderExcluirParabens
òtimo poema de Fernando Pessoa, parabens por compartilhar tão linda obra. Beijos
ResponderExcluirSi
hj eu tbm definitivamente quero ser ninguem,
ResponderExcluirpor cruzar meus braços e deixar a flor da felicidade fugir por entre meus dedos
ain pessima hora pra ler este lindo poema
volto depois
bjos
Muito linda "o pobre é rico"
ResponderExcluiruma grande verdade.
Abraços forte
Oi,
ResponderExcluirMad,
acho esse texto o máximo ás vezes é necessário demitir-se de nós mesmo.
Muito legal. Valeu!
bjos e fica com Deus
Recebi sua postagem por indicação de uma amiga que sempre visita seu blog, e aqui me encontro, sendo que ao apreciar um poema tão belo, percebo sua plena magnitude e valor, este é o único saber.
ResponderExcluirParabens